TALVEZ


JA ANDEI EM LUGARES NUNCA

ANTES VISITADOS

PISEI NAS ESTRELAS

TOQUEI UM VULCÃO


APRENDI A ME CALAR

ESQUECI AS VEZES DE SORRIR

OBSERVO E DESCREVO VOCE


CALADA VISITO O CEU

CHORANDO SOU A LUA

VIVENDO SOU A MORTE

NEGANDO SOU O AMOR


RECEIOSA SOU INVENCIVEL

ACORDADA SOU MEUS SONHOS

PROCURADA SOU O MISTERIO


SOU A DUVIDA E A CERTEZA

SOU O CALENTO E O CHORO

SOU A LUZ E A ESCURIDÃO


SOU VOCE EM MIM

SOU ESPELHO-REFLEXO

SOU HOJE A CERTEZA

AMANHÃ O TALVEZ...SOU!



MARINA LIBERATO

HUMANIDADE


os dias estão cada vez mais hipócritas
as noites cada vez menos sono
as janelas mais fechadas pra verdade
o sono cada vez menos sonho

atrofiada está a esperança
cada vez mais culpas e menos culpados
mais luzes e menos visão

a carencia ja não existe, pedras
conveniencias, feridas expostas
mais máscaras e menos vergonha

surgem respostas antes das pergutas
nenhuma dúvida mais nos assola
nosso espelho se esconde de nós

cumplices, cegos e culpados
revoltas, perguntas e culpados
vergonha, desculpas e culpados

e assim segue a humanidade
cada vez menos humana
cada vez mais dissimulada
na sua maneira desumana de ser


Marina Liberato


não quero querer-te, não mais
chego a pensar que ainda quero
nesse pensar querer eu te procuro
nessa busca de ti me perco.



me perdendo esqueço-te
esquecendo volto a querer-te
querendo tento esquecere
squecendo te reencontro.






assim reencontro-te e me perco
já não te quero mais

cada querer é refugio

uma fuga de mim mesma em voce.

Marina Liberato