o ceu calou-se em breve instante
o sol fechou seus olhos de fogo

as estrelas se recolheram em silencio
a lua mergulhou na escuridão da noite
um corpo tomba em pranto incessante
um choro invade o espaço d'alma

uma despedida sem esperanças de reencontro
uma saudade cravada na eternidade do tempo
calou-se pra sempre a vida
o vento canta em gritos

cessaram-se as risadas
agora só desabraços
fria terra sem perfume

flores secas ao chão
frio, calor, dor, medos

nada mais existe
encontros e reencontros
olhares e cumplicidade
lealdade e gratidão

tudo ali, no vão
embaixo do mesmo ceu
um se foi e outros ficaram
e a vida continua sem ele

nas noites de choro abafado.


Marina Liberato

1 Response to " "

  1. Jam says:
    29 de dezembro de 2010 às 15:38

    Maninha, sempre com lindos textos... Amo-te!!

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