ESSA SAUDADE É MINHA


As vezes a saudade dói mais
Parece espada afiada fincada no peito
Inunda os olhos e afoga a garganta
Confunde a cabeça entre racional e loucura

Sufoca meu ar e paralisa minhas pernas
Trava meus abraços e fecha minhas mãos
Serra meus dentes e mata meu sorriso
Embaça meu espelho e escurece meu dia

Te busco na memória viva
Sinto o cheiro de sua loção
Ouço sua voz carinhosa e brincalhona
Vejo seus cabelo branquinhos

Cruzo com seu olhar quase perdido
Na ansia de um abraço choro
Nas lembranças ja não posso toca-lo
É quando a saudade aperta sem piedade

Então abraçada ao travesseiro eu durmo
Pedido à noite um sonho colorido
No qual eu possa sentir você
É muito triste essa separação sem reencontros
Pai...você faz tanta falta
.


Marina Liberato

AS GAVETAS ESTÃO BAGUNÇADAS



As vezes quando olhamos pela janela
A janela da nossa vida
Tudo parece tão organizado
Como gavetas arrumadas
Cada época e cada acontecimento
Tudo no lugar e arquivado

Mas na verdade não é bem assim
A vida é um turbilhão de sentimentos
Uma tempestade com vendavais
Cheia de momentos de silêncios que perturbam


Há nesses momentos a necessidade
Necessidade de solidão
Necessidade de choro
Momento de reclusão total


Momentos em que nossa companhia
Nosso silêncio é tudo que queremos
É tudo que precisamos para continuar
Ou parar em algum ponto e chorar


Depois quando num futuro bem próximo
Nos deparamos com nossos fantasmas
Olhamos bem claramente cada situação
E novamente, tudo nos parece tão fácil

...As vezes até damos risadas de nós mesmos
É quando descobrimos que ainda sabemos sorrir.


Marina Liberato.>













...porque o tempo não espera

podem passar horas, dias, meses

mas o tempo, esse nunca espera

talvez até nos reencontramos




em uma esquina qualquer

talvez encobertos pelas lembranças

em um tempo sei la onde ou quando

olhando algum ponto em um passeio qualquer




nossos olhos encontram uma semelhança

as lembranças confusas de algo que não conhecemos

mas reconhecemos em algum fragmento perdido

então sem perceber falamos num momento "DEJAVU"




parece que ja vi isto antes...

porque o tempo não para nunca

mas ele esconde pistas pelo caminho.